segunda-feira, 7 de maio de 2012

A Dama(?) de Ferro

Vi ontem o filme “A Dama de Ferro”.
Embora soubesse que iam tentar passar nela um verniz de humanidade, o que é, de certa forma, natural, consegui ver o filme todo mantendo a visão crítica de que aquilo é um monstro.
Eu acho até aceitável que se tente perdoá-la, agora que ficou velha e doente. Mas é bom lembrar que as Margarets também envelhecem.
Para um filme que mostra só um ponto de vista – a neutralidade não existe em política – até que conseguiram não santificar aquela coisa autoritária, direitista, insensível e injusta que caracteriza os líderes que, ao lado da Thatcher, trouxeram definitivamente para o mundo a ideologia neoliberal cujo resultado todos, inclusive o Reino Unido, conhecem.
A melhor parte é a Meryl Streep.
A questão feminina também atrai, mas, cuidado!
É, guardadas as devidas proporções, como colocar o Dustin Hoffman pra fazer a biografia do Hitler. Vai dar vontade de entender as razões dele. No entanto, temos a obrigação de resistir.

Nenhum comentário: